A imigração Italiana em Bragança Paulista - A colonização do Bairro de Uberaba.
O protagonista Alberto Grassom e seu legado.


Nos anos vinte, Alberto Grasson e sua esposa, Maria Cerioni Grasson, com muito amor e dedicação, criavam seus filhos, Reinaldo, Armínio, Jovino, Matilde, Angelina, Romilda, Laura, Helena, Margarida, Idalina e Olinda em sua área de terra, situada no Bairro do Uberaba, na zona rural de Bragança, vizinha ao atual Residencial Iguatemy. Exercendo, juntamente com sua família, diversas atividades agrícolas como o plantio de cereais e café, tinha o sonho de mudar a paisagem e transformar a sua propriedade em um imenso parreiral semelhante ao de seus ascendentes na longínqua Itália.

Com os conhecimentos transmitidos por seu pai, Ângelo, iniciou a plantação de uva da variedade Niágara, ideal para consumo in natura, visando o mercado de Bragança Paulista.

Com o decorrer do tempo, já com uma plantação de 3.000 pés de uvas Niágara em produção, seu filho mais velho, Reinaldo, iniciou experiências, visando a fabricação de vinho.

Reinaldo, um jovem com idéias avançadas, além das experiências e da labuta com sua família nos campos do Bairro do Uberaba, à noite, à luz de lamparina, adquiria conhecimentos, devorando livros os quais, em sua maioria, tratavam da industrialização da uva.

Uma das parreiras da saborosa e apreciada variedade Niágara escolhida pela família Grassom para o inicio da sua industria vinícola

Alberto, vendo o interessa do filho e com dificuldades de mercado para a uva, implantou em 1932, em sua propriedade, uma pequena indústria artesanal de vinho.

Como a uva era da variedade Niágara, ideal para vinhos rosado e branco, chegou a produzir, nesse primeiro ano de industrialização, cerca de 3.400 litros de vinho dessas qualidades. Embora com poucos recursos financeiros, mas muito organizado, o agricultor Alberto, vendo as aptidões de seus filhos, dividiu as tarefas, ficando Reinaldo na produção e Armínio na árdua tarefa de comercializar o novo produto na praça de Bragança Paulista, sendo que, para desempenho de sua incumbência, utilizava carroças para o transporte do produto, o qual era acondicionado em tonéis de madeira de lei. Assim iniciava-se a historia da maior industria de vinho que Bragança Paulista teve e que perduraria por mais de 50 anos, levando o nome da família e da cidade a todos os rincões de nosso país.
O agricultor Alberto Grasson, patriarca de numerosa família que, com a cooperação de seus filhos, tornou-se o pioneiro da industria vinícola de nosso município, produzindo os renomados vinho e vinagre Grasson.

 

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Matéria fornecida pelo autor, inédita na internet, já publicada no BragançaJornal Diário em 1997
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