A imigração Italiana em Bragança Paulista - A colonização do Bairro de Uberaba.
A indústria de vinho Grasson projetou Bragança Paulista no cenário vinícola nacional.


Na década de 40, apesar do grave conflito internacional -  a Segunda Guerra Mundial - Bragança Paulista, embora apreensiva, seguia sua trilha de desenvolvimento, basicamente calçada na economia agrícola, mas com um promissor comércio suprindo todo o sul de Minas, com uma infinidade de produtos manufaturados, advindos dos grandes centros urbanos, que chegavam até aqui, através da extinta Estrada de Ferro Bragantina.
Embora nosso município, nessa época, ainda não apresentasse uma vocação industrial, já possuía diversas indústrias de renome internacional como a Cia. Textil Santa Basilissa e a Indústria de Máquinas Carretero, além de novas empresas que começaram aqui a desabrochar.

Vista geral da cantina de elaboração dos vinhos produzidos pela Indústria Grasson, na fase de sua evolução, na década de 40.


Acompanhando essa evolução de Bragança Paulista, Alberto Grasson, com os filhos Reinaldo, Armínio e já com a participação do caçula Jovino, inicia a transformação da pequena indústria de vinho artesanal, implantada em 1932, vislumbrando com o promissor crescimento do comércio regional e sul-mineiro.
Nessa empreitada, as instalações são ampliadas e modernizadas.
Novas e atualizadas máquinas são adquiridas; os vinhedos ampliados com nova variedade de uvas - a famosa Seibel - de alta produtividade e de suco vermelho-escuro, ideal para confecção de vinho tinto; a linha de produção é diversificada por outras qualidades de vinho, bem como o lançamento do vinagre que, anos depois, seria famoso e consagrado na Exposição Industrial de Jundiaí, com  a Medalha de Ouro, no ano de 1953, considerado, então, como melhor vinagre do Estado de São Paulo.
Nessa evolução, as carroças foram substituídas por um caminhão Dodge, que teria a difícil missão de cruzar os precários caminhos da época, levando os deliciosos vinhos e o famoso vinagre dos irmãos Grasson às cidades de nossa região e do sul de Minas. com o desenvolvimento da indústria dessa família, na década de 40, surge uma nova opção agrícola em nosso município e muitos agricultores, principalmente imigrantes europeus, começaram a se dedicar à formação de vinhedos para abastecer a indústria Grasson que, embora contasse com imensos parreirais, necessitava de mais matéria-prima para atender sua demanda de produção.
Portanto a família Grasson, na realização do seu sonho, também promoveu o sonho de muitos agricultores e habitantes de nosso município.

Armínio Grasson, um dos filhos do pioneiro da produção de uvas Niágara em nosso município, Alberto Grasson

Reinaldo (à esquerda) e Jovino Grasson, filhos de Alberto Grasson, felizes com a aquisição, na década de 40, do primeiro caminhão, um Dodge, que substituiu as carroças, no transporte dos tonéis de vinho, produzido pela indústria da família.


 

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Matéria fornecida pelo autor, inédita na internet, já publicada no Bragança Jornal Diário em 1997
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